Um estudo global realizado pela NACE International (autoridade mundial em corrosão) estima que o custo da corrosão representa cerca de 3% a 4% do PIB de uma nação industrializada. Grande parte desse prejuízo poderia ser evitada com manutenção preventiva adequada.

Por que trazemos esse dado? Porque um dos momentos mais críticos para o início de processos corrosivos e perda de insumos na indústria metalmecânica está chegando: as férias coletivas.

Enquanto a fábrica descansa, o seu óleo solúvel pode estar trabalhando contra você.

O Silêncio das Máquinas e a "Festa" das Bactérias

Para muitos gestores e operadores, as férias coletivas são um momento de alívio. As máquinas param, o ruído cessa e a produção entra em pausa. Porém, dentro dos reservatórios de fluido de corte (óleo solúvel), o cenário é bem diferente.

Quando o fluido deixa de circular e oxigenar, ele se torna o ambiente perfeito para a proliferação de bactérias anaeróbicas e fungos.

Sem a aeração constante proporcionada pelo funcionamento das máquinas, o óleo estagnado sofre degradação acelerada. O óleo estranho (tramp oil) sobe para a superfície, bloqueando a troca de oxigênio e criando uma estufa para microrganismos.

O Custo Oculto do Retorno às Atividades

Imagine a cena: sua equipe retorna descansada na primeira segunda-feira pós-férias, pronta para bater metas. Ao ligar as máquinas, o ambiente é tomado por um cheiro insuportável de "ovo podre" (sulfeto de hidrogênio).

Mas o mau cheiro é apenas a ponta do iceberg. As consequências reais são financeiras e operacionais:

• Descarte Forçado: Você pode ser obrigado a descartar milhares de litros de emulsão contaminada. Isso gera custos altíssimos com empresas especializadas em coleta de resíduos, além da compra de óleo novo.

• Corrosão de Equipamentos: A acidez gerada pela atividade bacteriana ataca as partes metálicas das suas máquinas CNC, guias lineares e ferramentas, gerando a corrosão mencionada no início deste texto.

• Riscos à Saúde: O contato com fluido contaminado pode causar dermatites severas e problemas respiratórios nos operadores.

• Máquina Parada: Em vez de produzir, sua equipe passará os primeiros dias limpando tanques e trocando fluidos.

O prejuízo de não preparar o óleo para a parada pode custar muitas vezes mais do que o valor do próprio insumo.

Protocolo de Blindagem

A boa notícia é que você não precisa trocar todo o óleo antes de sair de férias, nem encontrar um desastre quando voltar. Com um protocolo simples de manutenção preventiva, é possível manter a estabilidade da emulsão.

Aqui estão os passos essenciais para proteger seu investimento:

1. Remoção do Tramp Oil (Antes da Parada)

O óleo hidráulico ou de barramento que vaza para o tanque deve ser removido. Ele forma uma nata na superfície que impede a oxigenação.

Dica MecFlux: O uso de skimmers (fita, disco ou tubo) nos dias que antecedem a parada é vital para limpar a superfície do tanque.

2. Ajuste de Concentração e pH

Verifique se a concentração está dentro do recomendado pelo fabricante (geralmente, recomenda-se deixar levemente mais concentrado para compensar a inatividade). O pH deve ser corrigido para garantir a reserva alcalina, que protege contra corrosão e bactérias.

3. Adição de Biocidas (Se necessário)

Consulte seu fornecedor ou especialista sobre a necessidade de um "choque" com biocida preservante específico para tanque parado. Isso inibe o crescimento biológico durante o período de inatividade.

4. Circulação Periódica

Se possível, programe uma circulação automática do fluido por alguns minutos a cada dia, ou instale oxigenadores simples. O movimento impede a separação da emulsão.

5. Limpeza Mecânica (Cavacos)

Não deixe o tanque cheio de cavacos no fundo. Eles funcionam como "colônias" para bactérias e aceleram a oxidação.

Vantagens de Seguir este Protocolo:

• Economia Direta: Zero desperdício de óleo solúvel no retorno.

• Produtividade Imediata: Máquinas prontas para operar no primeiro dia.

• Segurança: Ambiente de trabalho saudável e sem odores nocivos.

Não sabe por onde começar? A MecFlux te ajuda.

Não deixe que as férias coletivas se tornem uma dor de cabeça em janeiro.

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